sexta-feira, 27 de maio de 2011

Devaneio....



"...em sociedades onde o maior número está privado daquilo que todo um sistema o incita a gozar, a violência torna-se a lei dos indivíduos como dos grupos..."  
excerto de  "Apelo aos Vivos" - Roger Garaudy

 

Todos temos ideias claras do que queremos ver mudado e melhorado no nosso país.

Do desafio que lancei no post anterior, surgiram propostas de mudança dos amigos que me visitam e partilham a mesma sensibilidade humanista.

Não esperava eu outra coisa, pois já os conheço o suficiente através dos seus blogues, e por isso lancei o repto.

A ideia foi fazerem um pequeno exercício individual de cidadania, esboçando propostas, para aquele que seria "o seu programa eleitoral".

Como se cada um de nós, sabendo o que pretende para as nossas vidas e dos nossos filhos, "pudesse" entregar nas mãos dos cidadãos, que se propõem representar o Povo, as linhas orientadoras de um futuro governo.

Ou seja, era o processo ao contrário:

- em vez de se constituírem Partidos que elaboram os seus programas, que como todos sabemos, são folhetos de marketing, e que não têm intenção de os porem em prática  (uma vez que instalados, são assediados por toda a cáfila de interesses e lobbies), era o Povo que devidamente esclarecido e politizado, se organizava pela base, em associações cujos ideais fossem similares.


Nesta sociedade ideal, seria reactivado o cooperativismo, onde todos nós seríamos parte activa e criativa e não apenas "consumista" da "ementa" que os senhores do Poder nos apresentam!

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Adivinho-lhes nos rostos o esboço de um sorriso....ingénua, pensarão...


Talvez este não seja ainda o tempo....mas ele chegará!





segunda-feira, 25 de abril de 2011

37 Anos Passaram... E Agora?!



“A representação “política” tende a “educar” – isto é, a deseducar – as pessoas na convicção de que elas não poderiam gerir os problemas da sociedade, que existe uma categoria especial de homens dotados da capacidade especifica de “governar” C. CASTORIADIS (1983), (p.274)




Deixo aqui uma proposta a quem me visitar:

Responder com seriedade, às seguintes questões:

-  O que Quer que se altere, tendo em vista o bem comum, nos seguintes sectores: - 


- EDUCAÇÃO 
- HABITAÇÃO 
- INFORMAÇÃO
- JUSTIÇA 
- REPRESENTAÇÃO POLÍTICA 
- SAÚDE

Atreva-mo-nos a dizer o que queremos objectivamente e encontrar forma de nos fazermos ouvir, ou melhor ainda, exigir sermos ouvidos.

Não acham que já passou tempo demais?!



quarta-feira, 20 de abril de 2011

É urgente exercer a Cidadania...

Meus Caros,

Eu sei que andamos descrentes da partidocracia !

Mas, e talvez por isso mesmo, não devemos  pactuar com este sistema oligárquico que insiste em dar voz sempre aos mesmos...


Petição contra a realização de debates discriminatórios



Foi publicamente anunciado que as televisões RTP, SIC e TVI entraram em acordo com os partidos com actual representação parlamentar na Assembleia da República (PS, PSD, PCP, BE e CDS), um conjunto de 10 debates eleitorais respeitantes às próximas Eleições Legislativas de dia de 5 de Junho. Ora:


1. Porque esta decisão viola por completo o princípio básico da igualdade de tratamento e de oportunidades das diversas candidaturas apresentadas (consagrado no artigo 113º, nr. 3, alínea b) da Constituição da República e nos artigos 56º e 64º, nr. 2 da Lei Eleitoral da Assembleia da República, Lei nr. 14/79, de 16/05), situação para a qual a própria CNE já alertou por diversas vezes em campanhas anteriores e inclusive no passado dia 12 de Abril e que os referidos canais de televisão têm ostensivamente ignorado por completo;

2. Porque os níveis de audiência e os chamados “critérios jornalísticos” não podem ser usados como pretexto para se abdicar de um dos pilares da democracia – a igualdade de oportunidades;

3. Porque se torna ainda mais grave no caso da RTP sendo este canal pago com os impostos de todos os portugueses e não apenas com os impostos daqueles que votaram nos partidos que se encontram na AR e ainda por constar do seu contrato de concessão a defesa do pluralismo.

4. Porque já em Fevereiro de 2009 o Supremo Tribunal de Justiça determinou em Acórdão que “A simples ausência, no debate, de um qualquer dos candidatos, fará crer, de princípio, a grande número de cidadãos que outros que não os presentes nem sequer se apresentarão ao sufrágio ou então, talvez até pior que isso – assim se operando, nessa hipótese um verdadeiro afunilamento informativo, fortemente invasivo do projecto propagandístico de cada um, favorável ou desfavoravelmente, em plena fase dita de "pré-campanha" – que a candidatura dos ausentes, por qualquer razão, não será para representar com seriedade”;

Os abaixo-assinados vêm por este meio requerer e peticionar a V. Exas que tomem todas as adequadas providências para impedir a realização de debates discriminatórios (cujo início está marcado já para o próximo dia 6 de Maio) e assegurar que nos debates que venham a ser realizados sejam incluídos TODOS os partidos/pessoas/entidades cujas candidaturas tenham sido aceites pelos Tribunais.

Assinar aqui:

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9091



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Para Reflectir ... (IV)


Quais são as diferenças entre as sociedades ditas modernas e as sociedades tribais?
Muitas e complexas, não é verdade!

E quais são as semelhanças?
Sobrevivência. Sobrevivência. Sobrevivência.

Em que ponto estamos na sociedade moderna? Pois...!

Utilizemos a inteligência crítica e o saber histórico.

Desconstruamos o satatu quo de cada um de nós, e recuemos o bastante para encontrarmos o ponto de equilíbrio, que se situará algures entre as duas sociedades.

Aprendamos a ser felizes com o SER!

Este trabalho é individual. 


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A UNIÃO FAZ a FORÇA !

"A Força não vem da capacidade física, ela vem de uma vontade inabalável."
Mahatma Gandhi

 
Tomei hoje conhecimento desta petição.
Deixo a informação a quem interessar.
De nada vale reclamarmos do sistema se não nos mobilizamos!

Petição Para Uma Nova Economia - Uma Tomada de Posição Pública



"Para uma nova economia
Uma tomada de posição pública

Apresentamos esta tomada de posição pública no momento em que acaba de ser aprovada a política orçamental para 2011. Como todos reconhecem, as medidas adoptadas têm carácter recessivo. Mesmo que no curto prazo, permitissem conter a especulação financeira sobre a dívida externa e as necessidades de financiamento do Estado e da economia portuguesa, tal política, só por si, não abriria caminho ao indispensável processo de mudanças estruturais de que o País carece para alcançar um desenvolvimento humano e sustentável a prazo. Importa responder no curto prazo visando e construindo o longo prazo.
Reconhecemos que é necessária e urgente uma mudança profunda no paradigma da economia nacional, mas também europeia e mundial. Estamos todos envolvidos na busca de soluções. Os economistas em particular têm a responsabilidade de contribuir para encontrar respostas para os desafios da transição que marcam o mundo contemporâneo e, de modo particular, o nosso País.
A crise tem carácter sistémico e dimensão global, com contornos específicos na Zona Euro, traduzindo-se em maior pobreza, desemprego, crescentes desigualdades de riqueza e rendimento, baixa propensão ao investimento e fraco dinamismo da produção.

Raízes da crise

Presentemente, estão identificadas as raízes dos problemas: a globalização desregulada fruto da imposição de uma ideologia neoliberal que exalta o mercado e subestima o papel do Estado na economia; o predomínio dos interesses financeiros sobre toda a economia; a especulação financeira que sobrevaloriza objectivos de lucro no curto prazo; o desrespeito por elementares princípios éticos; a desconsideração de objectivos de coesão social e sustentabilidade ambiental; o enfraquecimento do papel dos Estados nacionais sem que se tenham criado mecanismos políticos supranacionais à altura.
A teoria económica permite fundamentar a denúncia de alguns dos falsos pressupostos subjacentes às opções de política económica que originaram a crise. Existe um pensamento económico alternativo que não pode mais continuar bloqueado e passar despercebido dos meios de comunicação social e na opinião pública. Há que abrir espaço a correntes teóricas com propostas diferentes, que precisam de ser debatidas.
Este debate ajudará a descobrir políticas que compatibilizem medidas de curto prazo com estratégias de desenvolvimento a prazo; que promovam o emprego e a valorização do trabalho humano, abdicando de desregulamentações contraproducentes do mercado de trabalho destinadas a transferir custos para os trabalhadores; que levem a economia a produzir bens e serviços que satisfaçam as reais necessidades humanas que reindustrializem garantindo a sustentabilidade ambiental; que combinem eficiência com igualdade substantiva, promovendo a participação motivada de todos; que aproveitem as
potencialidades dos mercados e ao mesmo tempo limitem a sua expansão para o campo dos bens e serviços públicos; que assegurem a ética dos negócios; que coloquem o sistema financeiro ao serviço da economia de todos...."
 
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