quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A UNIÃO FAZ a FORÇA !

"A Força não vem da capacidade física, ela vem de uma vontade inabalável."
Mahatma Gandhi

 
Tomei hoje conhecimento desta petição.
Deixo a informação a quem interessar.
De nada vale reclamarmos do sistema se não nos mobilizamos!

Petição Para Uma Nova Economia - Uma Tomada de Posição Pública



"Para uma nova economia
Uma tomada de posição pública

Apresentamos esta tomada de posição pública no momento em que acaba de ser aprovada a política orçamental para 2011. Como todos reconhecem, as medidas adoptadas têm carácter recessivo. Mesmo que no curto prazo, permitissem conter a especulação financeira sobre a dívida externa e as necessidades de financiamento do Estado e da economia portuguesa, tal política, só por si, não abriria caminho ao indispensável processo de mudanças estruturais de que o País carece para alcançar um desenvolvimento humano e sustentável a prazo. Importa responder no curto prazo visando e construindo o longo prazo.
Reconhecemos que é necessária e urgente uma mudança profunda no paradigma da economia nacional, mas também europeia e mundial. Estamos todos envolvidos na busca de soluções. Os economistas em particular têm a responsabilidade de contribuir para encontrar respostas para os desafios da transição que marcam o mundo contemporâneo e, de modo particular, o nosso País.
A crise tem carácter sistémico e dimensão global, com contornos específicos na Zona Euro, traduzindo-se em maior pobreza, desemprego, crescentes desigualdades de riqueza e rendimento, baixa propensão ao investimento e fraco dinamismo da produção.

Raízes da crise

Presentemente, estão identificadas as raízes dos problemas: a globalização desregulada fruto da imposição de uma ideologia neoliberal que exalta o mercado e subestima o papel do Estado na economia; o predomínio dos interesses financeiros sobre toda a economia; a especulação financeira que sobrevaloriza objectivos de lucro no curto prazo; o desrespeito por elementares princípios éticos; a desconsideração de objectivos de coesão social e sustentabilidade ambiental; o enfraquecimento do papel dos Estados nacionais sem que se tenham criado mecanismos políticos supranacionais à altura.
A teoria económica permite fundamentar a denúncia de alguns dos falsos pressupostos subjacentes às opções de política económica que originaram a crise. Existe um pensamento económico alternativo que não pode mais continuar bloqueado e passar despercebido dos meios de comunicação social e na opinião pública. Há que abrir espaço a correntes teóricas com propostas diferentes, que precisam de ser debatidas.
Este debate ajudará a descobrir políticas que compatibilizem medidas de curto prazo com estratégias de desenvolvimento a prazo; que promovam o emprego e a valorização do trabalho humano, abdicando de desregulamentações contraproducentes do mercado de trabalho destinadas a transferir custos para os trabalhadores; que levem a economia a produzir bens e serviços que satisfaçam as reais necessidades humanas que reindustrializem garantindo a sustentabilidade ambiental; que combinem eficiência com igualdade substantiva, promovendo a participação motivada de todos; que aproveitem as
potencialidades dos mercados e ao mesmo tempo limitem a sua expansão para o campo dos bens e serviços públicos; que assegurem a ética dos negócios; que coloquem o sistema financeiro ao serviço da economia de todos...."
 
 Ler mais em:






quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Palavras para quê...





Só podemos concluir que os cortes nos apoios sociais, foram suficientes para equilibrar as contas públicas, daí que já não necessitem de mais verbas!

É comovente vê-los tão de acordo....!!

Poupemos as despesas eleitorais.

Para quê mudar?!!  Afinal as sondagens são tão claras....


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"O Que Faz Falta é Dar Poder à Malta..."


Nas minhas deambulações blogosféricas, encontro muita gente que se manifesta contra o estado de coisas no nosso País.

Há os que sendo de cor partidária diferente da do governo, apontam os erros (raramente soluções), especialmente se os da sua cor partidária já foram governação...

Há os que sendo de cores de partidos que ainda não tiveram responsabilidades governativas, estão convictos que "os seus" fariam mais e melhor...

E há os que não tendo qualquer cor partidária, se encontram num "estado puro" de simples cidadão/contribuinte (nos quais eu me incluo), e que suspeitando que o Poder seja corruptor, apostam mais numa intervenção cívica como exercício democrático.

Posto isto, e tendo em conta que 36 anos de "infância democrática" é tempo demasiado para que nos levem a sério, há que de uma vez por todas assumirmos se queremos ser tratados como crianças ou ainda pior, como débeis mentais!

Pela parte que me toca, digo: BASTA!

A quem passar por aqui, dirijo o convite para visitarem o Blog :

http://cidadaniaproactiva.blogspot.com/

lerem a petição :

PETIÇÃO por uma ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CONTRIBUINTES FISCAIS, in http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=ancf

fazerem um exame de consciência, e mediante o resultado, assinarem 

ou não...

Mas lembrem-se, é IMORAL criticar e responsabilizar os outros, demitindo-se das suas próprias responsabilidades!


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Para Reflectir... ( III)


"PRECISA DE AJUDA...?

Quantas vezes durante a nossa vida teremos formulado esta pergunta, a um desconhecido?
E quantas vezes, teremos sido igualmente interpelados, desta forma,  por desconhecidos?
Aposto que não muitas, para não dizer muito poucas...
E no entanto, não será por falta de oportunidade, pois se estivermos interessados e atentos ao que nos rodeia, não nos faltarão ocasiões para perguntar e também para responder a quem se interessar, (desinteressadamente), pelos problemas alheios!
Pois há poucas horas atrás, fui agradavelmente surpreendida com esta pergunta, por um par de jovens namorados, que não teriam ainda 20 anos.
Cerca das 21h, eu e a minha filha adolescente tínhamos acabado de nos apear do autocarro, depois de um fim de semana fora, quando nos demos conta de que o nosso saco de viagem tinha ficado no referido autocarro.
Estávamos um pouco desorientadas pois este tinha acabado de partir a grande velocidade, tendo contudo ainda que "passar" um semáforo uns 500 metros adiante, que se encontrava vermelho.
Foi quando ouvimos a pergunta: "Precisam de ajuda?"- feita pelos dois jovens.
Olhei para eles agradecida pelo interesse demonstrado, sabendo que por muito boa vontade que tivessem não nos podiam ajudar.  Informei no entanto, que tinha deixado o saco no interior do autocarro e apontei para as luzes do veículo, parado lá longe a aguardar que o semáforo abrisse...
A rapariga olhou para o rapaz e disse: "Achas que consegues?"
Olhei para eles sem entender muito bem, e por momentos pensei que havia um mal-entendido ou então estariam a "gozar" com a minha cara...
O rapaz respondeu: "Acho que consigo!" - e dito isto, partiu como uma flecha a correr na direcção do autocarro. 
Olhei incrédula, para a rapariga e disse: "Que horror! Ele não vai conseguir!" - e ela com um ar confiante: "Consegue. Ele é atleta e faz escalada. Já escalou o Monte Branco. O pai dele também é assim!"
Fiquei a vê-lo correr e desaparecer. E vi o autocarro lá longe continuar o seu percurso, cruzando a Circunvalação para desaparecer numa rua à esquerda onde a uns 300 m, teria uma paragem.
Perante o ar confiante da rapariga, fiquei a aguardar "torcendo" para que ele tivesse sorte, apesar de me parecer uma coisa surreal...
Disse-lhe que tinha ficado muito surpreendida pelo gesto deles, tendo em conta o egoísmo e desinteresse que nos cerca no mundo actual. Ela, respondeu que eles se interessam e tentam ajudar, principalmente depois de ela própria ter sido vítima de um assalto e ter ficado prostrada no chão, sem que tivesse tido alguém que tivesse parado para ajudar! E que ainda há bem pouco tempo tinham ajudado um casal de velhinhos invisuais que se encontravam em dificuldades, naquele mesmo sítio (em frente ao Hospital de São João, no Porto)...
Decorreram uns longos minutos, quando da semi-escuridão e do lado oposto da via, ela distinguiu a figura dele. Trazia um andar exausto, e na mão... o meu saco de viagem!
Agradeci-lhes profundamente e disse-lhes para nunca se arrependerem de actos como aquele!
Ela alegremente respondeu: "Não! Nós somos assim!"

Eram um casal muito jovem.  Muito bonitos, por fora e por dentro!



sábado, 31 de julho de 2010

"O Que Faz Falta, é Animar a Malta..."



“A Ministra da Educação quer acabar com os chumbos....”  e   “Lisboa, 31 jul (Lusa) -- A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) considerou hoje que o fim dos chumbos em Portugal será a maior revolução na educação desde o 25 de abril, dando o seu apoio à ideia da ministra da tutela. "Isto é a maior reforma que pode ser anunciada em educação no nosso país, porque implica um outro conceito de escola. Uma escola que dá condições de trabalho aos professores e aos alunos para que as retenções sejam eliminadas. Sem muito trabalho não é possível chegar lá", comentou à agência Lusa o presidente da Confap, Albino Almeida. “
   
Mas afinal qual é a reforma que está implícita, nesta proposta?

Há que explanar primeiro, como se vai chegar lá!

 
Quando se diz que se vai acabar com os chumbos, passa-se uma informação de que a partir de agora quer se saiba ou não as matérias do programa, o aluno não vai ficar retido, correndo-se o risco de o normal cidadão, (incluindo os alunos),  interiorizarem que estes, vão poder dedicar-se mais tempo ao lazer, porque já não há necessidade de se esforçarem a estudar, pois o que realmente importa é que vão chegar ao final do seu curso, sem se "chatearem" muito!

Se realmente se trata de uma REFORMA, que consiste em dar um maior acompanhamento a todos os alunos, de tal forma que, tanto os alunos que têm falta de motivação e interesse pelos programas, como aqueles que têm menor capacidade de aprendizagem,  conseguem aprender as matérias e adquirem "realmente" os conhecimentos  pretendidos,  para que NÃO HAJA CHUMBOS, ou na pior das hipóteses os chumbos DIMINUAM, (simplesmente porque está a ser feito um trabalho apostado em  os EVITAR), convém  anunciar o objectivo, mas... acompanhado do respectivo meio para se atingir esse fim.


E será que não terá que ser esse o objectivo principal da Escola desde sempre?

Claro que a Ministra deve trabalhar nesse sentido, dar efectivamente  "...condições de trabalho aos professores e aos alunos para que as retenções sejam eliminadas...", mas isto não é a "descoberta da pólvora"! Isto deveria ser o primado do ensino em todos os tempos!


Mas como é que o pretende fazer, se todos os dias há notícias sobre o descontentamento dos professores, quer seja por motivos de organização das escolas, quer dos relatórios que lhes são exigidos, (que os torna mais escriturários que Professores),  quer pelo número excessivo de alunos por turma?

Eu falo na condição de mãe de uma adolescente, que sendo boa aluna, e que por motivos de mudança de residência, esteve durante o passado ano lectivo (6º ano) inserida numa turma, em que estavam concentrados alunos completamente desinteressados, repetentes e sem vontade de progredir, e em que os professores passavam o maior tempo das aulas a tentar impor silêncio e respeito, do que propriamente a dar as matérias.

Por isso gostaria que a senhora Ministra, se deixasse de dar notícias bombásticas para a opinião pública e fizesse o seu trabalho de gabinete, criando "as tais condições de trabalho" que tanto necessita a Escola de hoje, para que não haja retenções.

Se assim o fizer, daqui a uns anos serão os próprios comentadores e analistas a afirmarem: " Em Portugal as retenções no ensino foram eliminadas, porque finalmente foram criadas todas as condições de trabalho para alunos e professores".

E isso é que será importante, a análise  "a posteriori"! Pois, como diz o Povo: "De boas intenções está o Inferno cheio"!


quinta-feira, 17 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Hoje como Ontem...

 
"Vi-te a trabalhar o dia inteiro
construir as cidades pr'ós outros
carregar pedras, desperdiçar
muita força pra pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força pra pouco dinheiro

Que força é essa [bis]
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo [bis]
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo [bis 3]

Não me digas que não me compr'endes
quando os dias se tornam azedos
não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compr'endes

(Que força...)

(Vi-te a trabalhar...)

Que força é essa [bis]
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo [bis]
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo [bis 10]"


"Que Força é Essa "
Sérgio Godinho