quinta-feira, 17 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Hoje como Ontem...

 
"Vi-te a trabalhar o dia inteiro
construir as cidades pr'ós outros
carregar pedras, desperdiçar
muita força pra pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força pra pouco dinheiro

Que força é essa [bis]
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo [bis]
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo [bis 3]

Não me digas que não me compr'endes
quando os dias se tornam azedos
não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compr'endes

(Que força...)

(Vi-te a trabalhar...)

Que força é essa [bis]
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo [bis]
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo [bis 10]"


"Que Força é Essa "
Sérgio Godinho

domingo, 30 de maio de 2010

Para Reflectir... ( II )


"As duas propostas"

"Pensar, sentir e atuar na mesma direção, e tratar a outros como desejamos ser tratados, são duas propostas tão simples que podem ser entendidas como simples ingenuidades por gente habituada às complicações.

No entanto, por trás dessa aparente candura há uma nova escala de valores, em cujo ponto mais alto se põe a coerência; uma nova moral para a que não é indiferente qualquer tipo de ação; uma nova aspiração que implica sermos consequentes no esforço para dar direção aos eventos humanos. 

Por trás dessa aparente candura se aposta pelo sentido da vida pessoal e social que será verdadeiramente evolutivo ou marchará à desintegração. Não podemos já confiar em que velhos valores dêem coesão às pessoas em um tecido social que dia a dia se deteriora pela desconfiança, o isolamento e o individualismo crescentes. 

A antiga solidariedade entre os membros de classes, associações, instituições e grupos vai sendo substituída pela concorrência selvagem à qual não escapa o casal nem a irmandade familiar. Neste processo de demolição não se elevará uma nova solidariedade sobre a base de idéias e comportamentos de um mundo que se foi, mas graças à necessidade concreta de cada um de direcionar sua vida, para o qual terá que modificar seu próprio meio. 

Essa modificação, se for verdadeira e profunda, não pode ser posta em marcha por imposições, por leis externas ou por fanatismos de qualquer tipo, mas pelo poder da opinião e da ação mínima conjunta entre as pessoas que fazem parte do meio em que cada um vive."

Excerto de "A MUDANÇA E A CRISE"
"(Com base na Carta III, do Livro “Cartas a Meus Amigos”) de SILO"

 Porquê estas minhas transcrições??

Porque acredito piamente que melhor do que CRITICAR é preciso CONSTRUIR de dentro para fora...

Se cada um de nós, tiver o hábito de ao fim de um dia REFLECTIR sobre as suas acções desse dia, e de forma crítica e construtiva representar mentalmente  o que poderia melhorar nessas acções, de uma forma coerente, tendo em conta as premissas: -


"Pensar, sentir e actuar na mesma direcção", e "Tratar a outros como desejamos ser tratados"

- tenho a certeza que esta forma de estar na vida pode contribuir a seu tempo, para o surgimento de um mundo melhor, para o surgimento de uma Nova Ordem Mundial, sem opressores nem oprimidos, porque finalmente estaremos no mesmo plano do HUMANO...


Utópico?!  - Talvez!
Moroso?! - Sem dúvida.


Mas será que quem me lê pode afirmar, que a actual situação do país e do mundo é aquela que desejou, e ajudou a construir?!


Talvez a tenha ajudado a construir, sim, por acção ou omissão, mas seguramente que não a desejou!


No entanto, aceito sugestões de MUDANÇA ( a começar em nós próprios, claro).

domingo, 2 de maio de 2010

Viver o "Dia da Mãe" ...

"Teus filhos não são teus filhos
são filhos e filhas da vida
anelando por si própria
Vêm através de ti, não de ti,
e, embora estejam contigo,
a ti não pertencem
Podes dar-lhes teu amor,
mas não teus pensamentos, pois que
eles têm seus pensamentos próprios
Podes abrigar seus corpos,
mas não suas almas, pois que
suas almas residem na casa do amanhã,
que não podes visitar
sequer em sonhos
Podes esforçar-te por te parecer com eles,
mas não procures fazê-los
semelhantes a ti,
pois a vida não recua,
e não se retarda no ontem
Tu és o arco do qual teus filhos
como flechas vivas,
são disparadas
Que a tua inclinação, na mão do arqueiro,
seja para a ALEGRIA"

"Kahlil Gibran"

Tomei contacto com este poema pelos meus 13 ou 14 anos, e fiquei profundamente tocada por ele, pois já nesse tempo era assim que eu concebia a vida - em Amor mas sem Posse... e ainda hoje assim a concebo: O AMOR é LIBERTAR do jugo da posse, e isto aplica-se aos filhos e a todas as relações de Amor!

domingo, 25 de abril de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher ....em 8 de Março!


Celebrar o Dia Internacional da Mulher no século XXI!
Dia triste para as mulheres!
Se existe este dia é porque ainda falta muito caminho a percorrer até atingirmos o estatuto do homem na sociedade, e é necessário "lembrar" que existimos e exigimos ter os mesmos direitos...
Mesmo quando, se pretende comemorar neste dia as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres no século passado, afinal quem é que lhes concedeu / reconheceu esses direitos?
É como se o escravo celebrasse o dia em que teve a sua carta de alforria... mas o mérito será sempre do seu "senhor" que lha concedeu.
Veja-se as quotas das mulheres na política. Eu acho isso humilhante! Se estivessem todos em pé de igualdade no acesso, não seriam necessárias quotas, pois as mulheres estariam colocadas (ou não) por todas as razões, mas nunca para terem que cumprir as tais "quotas", pois parece ser uma  condescendência masculina, o que só  diminui a mulher.
Falo no sem sentido actual desta celebração, no mundo que se diz "civilizado" onde é suposto estarmos todos no mesmo patamar.
Quanto ao mundo "não civilizado", já não se trata de se ser mulher ou homem pois aí são os direitos fundamentais dos seres humanos, sejam eles mulheres, homens ou crianças que estão em causa, e então terá que ser instituído o "Dia Internacional do Ser Humano"!

sexta-feira, 5 de março de 2010

"Assédio"...Por Objectivos?


Não consigo entender porque é que  nas  últimas três semanas fui contactada  telefonicamente, 6 vezes pela PT.
Foram diversas pessoas a fazer o contacto, mas as perguntas eram sempre as mesmas:
- se o meu telefone fixo ainda pertencia à PT? se tinha internet? se tinha TV por cabo ou ADSL? quando respondia que era  MEO, perguntavam-me se era fibra? (apesar de até eu saber que a  fibra óptica ainda não  chegou à minha zona)...
A 1ª vez respondi  a todas as questões, apesar de estranhar que a PT não possua um ficheiro de clientes, onde conste todos estes dados!
À 2ª respondi que já tinha falado com o colega há 2 dias a responder a essas questões: "Ah  pois, mas  se não me importava de responder novamente!"
À 3ª chateei-me, e perguntei se eles não tinham registado os dados recolhidos anteriormente e se não partilhavam os dados? Risos do outro lado(!)... A operadora dizia que se calhar contactavam-me muitas vezes, porque a PT gostava de mim...Mas insistindo nas perguntas!
Deixei de me chatear!
Fui contactada hoje pela 6ª vez...
Respondi (ao mesmo questionário) num tom monocórdico e enfadado!
Porque não reclamei do exagero e da falta de organização interna, ou seja lá o que for?
Porque começo a sentir compaixão pelos "pobres" trabalhadores!
Porque: ou estão sujeitos a recibos verdes, ou  a contratos temporários, e de uma forma ou de outra, têm salários base de miséria , que serão depois completados com comissões sobre objectivos atingidos. Daí a minha condescendência para com eles.
O que eu não entendo, é como é que uma empresa tão moderna como a PT, desbarate meios humanos e técnicos num "trabalho" que é no mínimo estéril, já que pelos vistos não se armazenam os dados adquiridos, sendo que as pessoas que o fazem são sempre diferentes. Qual é o objectivo deste trabalho? Não consigo ver!
Bem, pelo menos cumpre com uma função social: retira estas pessoas do desemprego. Pois não havia uma teoria económica que visava " empregar fortunas em obras públicas inúteis para "gerar empregos"?!
Só que aqui o "trabalho inútil" gera emprego sim, mas vai repercutir-se na factura do cliente ...
E será que não haverá dentro da empresa trabalho útil para ser feito?
Gostava muito de conhecer a resposta.